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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

São José lança projeto para preservação de nascentes

Lançamento foi realizado na tarde da última quarta-feira (dia 19) e contou com a participação da comunidade boavistense e de produtores de Salto do Itararé, Santana do Itararé e São José

Agência Criativa
Por Danilo Felipe

São José da Boa Vista – Comunidade boavistense, vereadores, secretários e funcionários municipais, e produtores rurais de São José da Boa Vista, Salto do Itararé e Santana do Itararé estiveram presentes na última quarta-feira (dia 19) à tarde, no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do município. O motivo foi o lançamento do projeto de melhoria da qualidade da água para o consumo humano na área rural de São José da Boa Vista.
 O prefeito Dilceu Bona também esteve presente, acompanhado da primeira-dama e secretária de Assistência Social Liana Virgínia Bona. O encontro reuniu cerca de 70 pessoas. O projeto visa incentivar pequenos proprietários de terra a conservarem e protegerem as nascentes e fontes existentes em suas terras. A Vigilância Sanitária e a Emater de São José já estiveram em alguns bairros rurais do município, apresentaram o projeto para a preservação das minas, e ensinaram como protegê-la de forma simples e barata.
 Entre 2006 e 2010, a Vigilância Sanitária coletou 169 amostras de minas no município, num total de quase 25% do número de nascentes. Destas, 127 amostras não atendem às recomendações da Portaria 518/2004, sobre a qualidade da água. E pior: a qualidade tem diminuído a cada ano. “Temos o desafio de melhorar a qualidade deste bem tão precioso. Com alguns cuidados simples, podemos proteger nossas minas e diminuir os índices de contaminação”, disse o coordenador da Vigilância Sanitária, Paulo Cesar da Silva.
 O engenheiro agrônomo da Emater, Cássio Siqueira de Lima, afirmou que a prioridade no trabalho é a segurança alimentar e a qualidade da água. “A ideia é tomar medidas sócio-educativas. Para isso vamos fazer reuniões com lideranças, comunidades rurais e palestras nas escolas, análise do teor de cloro e ensinar como executar o serviço com baixo custo”, explicou. Por meio de slides com fotos, Lima mostrou aos presentes na apresentação um passo-a-passo de como construir uma proteção para a mina. O custo da obra fica em torno de R$ 65.
 “Queremos que as comunidades rurais de São José da Boa Vista tenham a possibilidade de ter água com mais qualidade e saudável”, afirmou o engenheiro agrônomo. A prefeitura de São José vai doar aos produtores lascas de pedra, que são usadas na construção da caixa da mina. O monitoramento e assessoria serão feitos por técnicos da Emater e da Vigilância Sanitária e o produtor participa com a mão-de-obra e o restante do material necessário (cimento, canos, cerca).
 O prefeito Dilceu Bona aprovou o projeto e ressaltou a importância da conservação das minas no município. “É um trabalho que tem sido realizado em outros municípios e é muito importante porque vai melhorar a qualidade de vida de quem toma desta água todos os dias. É essencial que tomemos esses cuidados”, ressaltou o prefeito. O projeto de melhoria da qualidade da água é uma parceria entre a prefeitura de São José da Boa Vista, Emater, Sanepar e Vigilância Sanitária, em conjunto com líderes de bairros e Câmara de Vereadores.

 Prefeito Bona, Paulo César da Silva (Vig. Sanitária) e Cássio Siqueira (Emater) assinam projeto de melhoria da qualidade da água nas regiões rurais de São José
Foto Danilo Felipe

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Projeto visa preservação de nascentes em São José

Objetivo é orientar produtores rurais que têm minas d’água em suas propriedades sobre os cuidados que se deve ter com elas; pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária mostra que a maioria das minas está contaminada

Agência Criativa
Por Danilo Felipe

Menos de 1% da água do mundo é doce e própria para o consumo. E deste total, boa parte se encontra no Brasil. E falando de maneira mais local, São José da Boa Vista é um município privilegiado por estar situado numa região onde rios e nascentes não faltam. Como a água, item essencial para a vida no planeta, é um bem cada vez mais escasso em muitos lugares do mundo, é preciso preservar o que se tem de melhor e mais precioso.

Pensando nisso, a prefeitura de São José da Boa Vista, por meio da Secretaria de Saúde, elaborou um projeto para a conservação de nascentes e proteção às fontes do município. Na semana passada, o coordenador da Vigilância Sanitária, Paulo Cesar da Silva, esteve no bairro Pescaria, região rural de São José, e conversou com moradores do local. Cerca de 30 pessoas se reuniram, obtiveram informações sobre a situação do município em relação à água e aprenderam cuidados básicos sobre a preservação de fontes e nascentes.

Paulo Cesar da Silva mostrou várias doenças que ocorrem quando não há o cuidado adequado com a água. Ele também divulgou dados de uma pesquisa realizada pela Vigilância Sanitária, que avaliou as condições de higiene das minas e qualidade da água destes locais. O resultado mostrou que, a cada ano, a qualidade tem diminuído, e que 86% das nascentes avaliadas estão contaminadas, na maioria das vezes, por coliformes fecais.

Assim, Paulo deu dicas aos produtores rurais sobre como preservar as minas e mantê-las com condições adequadas de higiene. Ele ensinou a construir, de forma simples, uma caixa de proteção para a mina, desde a limpeza até os cuidados que se deve ter no entorno do local. Após limpar, é preciso fazer um dreno para escoar a fonte e medir a vazão da água. Depois, é necessária uma mureta de proteção e lascas de pedra para colocar dentro da fonte. A tubulação vai servir para direcionar a água para a caixa e para o escoamento da fonte.

Outros itens como a cal, para desinfetar, telinhas de proteção nas tubulações para impedir a entrada de insetos também foram itens abordados. Além disso, é necessário ainda realizar a desinfecção do local de quatro em quatro meses com um litro de água sanitária para limpar. No entorno da mina, Paulo explicou que é preciso fazer um desvio para a enxurrada e uma cerca de proteção proteger a mina dos animais. “Além disso, é importante também preservar a mata ciliar ao redor da nascente”, reforçou Paulo.

“Se não cuidarmos das nascentes, elas vão secar e não podemos perder isso. Temos que cuidar e cada agricultor é responsável pelas nascentes que há na propriedade”, ressaltou o coordenador da Vigilância Sanitária. Quase todos os agricultores de São José da Boa Vista têm uma ou mais nascentes em suas propriedades. O projeto de proteção às fontes inclui também o levantamento sobre doenças, principalmente em crianças. “Enfermeiros do PSF vão realizar levantamentos para detectar problemas gastrointestinais e verminoses, que podem ser causadas por água contaminada.”


Coordenador da Vigilância Sanitária de SJBV fala a produtores sobre como preservar as nascentes

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Calçamento de rua vai beneficiar famílias em SJBV

Inauguração foi feita na tarde da última terça-feira (dia 19) e contou com presença da população boavistense; trecho tem 50 metros e foi feito por operários da própria prefeitura

Agência Criativa
Por Danilo Felipe
Calçamento foi feito de concreto pelos funcionários da própria
Secretaria Municipal de Obras


 O prefeito de São José da Boa Vista, Dilceu Bona, inaugurou na tarde da última terça-feira (dia 19) o calçamento de um trecho da rua José Miguel Rolim. O trecho, de cerca de 50 metros, fica no fim da rua e dá acesso a casas situadas próximas ao rio Pescaria. O calçamento do local é feito de concreto e foi realizado por funcionários da própria Secretaria Municipal de Obras, que fizeram também meio-fios e bocas-de-lobo.
A cerimônia ocorreu no local da obra e contou com a presença do prefeito, do vice Wagner Mattos Cardoso, da primeira-dama e secretária de Assistência Social Liana Virgínia Bona, de secretários e funcionários do município, vereadores, pastores de igrejas da cidade e comunidade em geral. A partir de agora, cerca de 10 famílias terão mais conforto para transitar pela rua, cujo trecho recém calçado era de terra e, devido a erosões, ficava intransitável quando chovia.
O vice-prefeito Wagner lembrou as dificuldades que as famílias enfrentavam antes do calçamento do trecho e enalteceu o trabalho em equipe. “Era muito complicado andar por aqui por causa da erosão, que formava muitas valetas, mas hoje, com trabalho em equipe e empenho da administração e da comunidade, os moradores recebem essa obra tão necessária. Isso é fruto de uma administração que pensa e ouve a população e realiza obras que trazem qualidade de vida às pessoas”, comentou.
O prefeito Dilceu Bona, agradeceu a toda a equipe que trabalhou no calçamento e ressaltou que a atual administração pretende fazer muito mais pela cidade. Ele falou sobre os principais investimentos feitos nos últimos tempos, entre eles a compra de um ônibus e uma unidade móvel para a Saúde, e também sobre os R$ 10 mi de investimentos do Governo Federal previstos para 2012. “Nossa farmácia está equipada, nossas estradas rurais estão boas, investimos milhões nos últimos sete anos em São José e temos previstos muito mais para o ano que vem”, afirmou Bona.
  Ele lembrou ainda de outro investimento orçado para 2012: R$ 2 mi do BNDES para a Cooperativa Agropecuária Familiar do Leste Pioneiro (Coaflep). Segundo o prefeito, é importante que uma administração municipal pense no futuro. “Estamos melhorando cada vez mais, pensando no futuro de São José da Boa Vista, temos que olhar para frente. Podem ter certeza absoluta que vamos trabalhar muito até o último dia do nosso mandato”, ressaltou.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Campanha coleta 3883 embalagens de agrotóxicos

Parceria entre prefeitura e Canopi possibilita a pequenos produtores a oportunidade de dar destinação correta ao produto; desde 2005, programa já retirou da natureza quase 40 mil embalagens usadas

Agência Criativa
Por Danilo Felipe

Detalhe do caminhão carregado
com embalagens vazias de
 agrotóxicos
São José da Boa Vista – Uma campanha realizada pela prefeitura de São José da Boa Vista, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a Cooperativa Agrícola Mista do Norte Pioneiro (Canopi), possibilitou, em setembro, o recolhimento de 3883 unidades de embalagens de defensivos agrícolas, provenientes de propriedades rurais do município.

Uma vez por ano, desde 2005, a prefeitura utiliza dois caminhões que percorrem toda a região rural de São José da Boa Vista e recolhe as embalagens de agrotóxicos dos pequenos produtores, que antes se cadastram na prefeitura. Segundo o responsável pela campanha, Fábio Júnior Dias, a coleta é feita somente com os agricultores que não têm condições levar as embalagens até o descarte final.

“Há muitas pessoas que não podem pegar as embalagens e levar até a empresa que vendeu o produto, que é quem deve dar a destinação correta à embalagem, por isso nós fizemos esta parceria e recolhemos”, explicou. Dos 93 produtores cadastrados no programa de coleta, apenas um não compareceu este ano em um dos locais indicados para o recolhimento.

Para que o caminhão possa recolher as embalagens usadas, o produtor, além de se cadastrar, deve também separar as unidades novas (que têm nota fiscal) das antigas e contar as que vai entregar. Deve ainda fazer a tríplice lavagem, e entregar as tampas das embalagens separadamente. Todo o material coletado é enviado à Associação de Distribuidores de Insumos Agropecuários do Norte Pioneiro (Adinp), de Arapoti, que processa e recicla o material.

De acordo com Dias, até hoje, 20% do que foi coletado era material muito antigo, que estava armazenado, na maioria das vezes, de forma inadequada na propriedade e até em beira de estradas e barracões. Ele explicou que, por isso, nos primeiros anos da coleta, o número de embalagens recolhidas foi bem maior. “Havia material parado há anos nas propriedades. Hoje, a quantidade coletada é naturalmente menor”, disse.

No primeiro ano do programa, foram recolhidas 7.320 unidades, praticamente o dobro de 2011. Até hoje, o programa retirou da natureza 37.125 embalagens, números que estão minuciosamente registrados na secretaria.