Parceria entre prefeitura e Canopi possibilita a pequenos produtores a oportunidade de dar destinação correta ao produto; desde 2005, programa já retirou da natureza quase 40 mil embalagens usadas
Agência Criativa
Por Danilo Felipe
Detalhe do caminhão carregado com embalagens vazias de agrotóxicos |
São José da Boa Vista – Uma campanha realizada pela prefeitura de São José da Boa Vista, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a Cooperativa Agrícola Mista do Norte Pioneiro (Canopi), possibilitou, em setembro, o recolhimento de 3883 unidades de embalagens de defensivos agrícolas, provenientes de propriedades rurais do município.
Uma vez por ano, desde 2005, a prefeitura utiliza dois caminhões que percorrem toda a região rural de São José da Boa Vista e recolhe as embalagens de agrotóxicos dos pequenos produtores, que antes se cadastram na prefeitura. Segundo o responsável pela campanha, Fábio Júnior Dias, a coleta é feita somente com os agricultores que não têm condições levar as embalagens até o descarte final.
“Há muitas pessoas que não podem pegar as embalagens e levar até a empresa que vendeu o produto, que é quem deve dar a destinação correta à embalagem, por isso nós fizemos esta parceria e recolhemos”, explicou. Dos 93 produtores cadastrados no programa de coleta, apenas um não compareceu este ano em um dos locais indicados para o recolhimento.
Para que o caminhão possa recolher as embalagens usadas, o produtor, além de se cadastrar, deve também separar as unidades novas (que têm nota fiscal) das antigas e contar as que vai entregar. Deve ainda fazer a tríplice lavagem, e entregar as tampas das embalagens separadamente. Todo o material coletado é enviado à Associação de Distribuidores de Insumos Agropecuários do Norte Pioneiro (Adinp), de Arapoti, que processa e recicla o material.
De acordo com Dias, até hoje, 20% do que foi coletado era material muito antigo, que estava armazenado, na maioria das vezes, de forma inadequada na propriedade e até em beira de estradas e barracões. Ele explicou que, por isso, nos primeiros anos da coleta, o número de embalagens recolhidas foi bem maior. “Havia material parado há anos nas propriedades. Hoje, a quantidade coletada é naturalmente menor”, disse.
No primeiro ano do programa, foram recolhidas 7.320 unidades, praticamente o dobro de 2011. Até hoje, o programa retirou da natureza 37.125 embalagens, números que estão minuciosamente registrados na secretaria.
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