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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Campanha coleta 3883 embalagens de agrotóxicos

Parceria entre prefeitura e Canopi possibilita a pequenos produtores a oportunidade de dar destinação correta ao produto; desde 2005, programa já retirou da natureza quase 40 mil embalagens usadas

Agência Criativa
Por Danilo Felipe

Detalhe do caminhão carregado
com embalagens vazias de
 agrotóxicos
São José da Boa Vista – Uma campanha realizada pela prefeitura de São José da Boa Vista, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a Cooperativa Agrícola Mista do Norte Pioneiro (Canopi), possibilitou, em setembro, o recolhimento de 3883 unidades de embalagens de defensivos agrícolas, provenientes de propriedades rurais do município.

Uma vez por ano, desde 2005, a prefeitura utiliza dois caminhões que percorrem toda a região rural de São José da Boa Vista e recolhe as embalagens de agrotóxicos dos pequenos produtores, que antes se cadastram na prefeitura. Segundo o responsável pela campanha, Fábio Júnior Dias, a coleta é feita somente com os agricultores que não têm condições levar as embalagens até o descarte final.

“Há muitas pessoas que não podem pegar as embalagens e levar até a empresa que vendeu o produto, que é quem deve dar a destinação correta à embalagem, por isso nós fizemos esta parceria e recolhemos”, explicou. Dos 93 produtores cadastrados no programa de coleta, apenas um não compareceu este ano em um dos locais indicados para o recolhimento.

Para que o caminhão possa recolher as embalagens usadas, o produtor, além de se cadastrar, deve também separar as unidades novas (que têm nota fiscal) das antigas e contar as que vai entregar. Deve ainda fazer a tríplice lavagem, e entregar as tampas das embalagens separadamente. Todo o material coletado é enviado à Associação de Distribuidores de Insumos Agropecuários do Norte Pioneiro (Adinp), de Arapoti, que processa e recicla o material.

De acordo com Dias, até hoje, 20% do que foi coletado era material muito antigo, que estava armazenado, na maioria das vezes, de forma inadequada na propriedade e até em beira de estradas e barracões. Ele explicou que, por isso, nos primeiros anos da coleta, o número de embalagens recolhidas foi bem maior. “Havia material parado há anos nas propriedades. Hoje, a quantidade coletada é naturalmente menor”, disse.

No primeiro ano do programa, foram recolhidas 7.320 unidades, praticamente o dobro de 2011. Até hoje, o programa retirou da natureza 37.125 embalagens, números que estão minuciosamente registrados na secretaria.

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