Em palestra realizada durante IV Conferência Municipal de Assistência Social de São José da Boa Vista, ex-assessora de Secretaria Estadual do Emprego falou sobre como consolidar o SUAS no município e como a comunidade deve participar do processo
Agência Criativa
Por Danilo Felipe
“Hoje existe uma regulamentação, uma lei que estabelece um formato de política de Assistência Social no país. Precisamos de estruturação para avançar no combate à pobreza e como o Brasil é um país em crescimento, temos tudo para obter sucesso nesse objetivo.” A opinião é da ex-assessora da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Cíntia Bruno Ferreira Garcia, que esteve na IV Conferência Municipal de Assistência Social de São José da Boa Vista, no último dia 21 de julho.
Na ocasião, Cíntia falou sobre como consolidar o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e valorizar seus trabalhadores. Segundo ela, o projeto de lei que implanta o SUAS é de 2010, portanto, a maioria dos municípios ainda está se adaptando a esse novo formato de política de assistência social. “O formato antigo se baseava no assistencialismo, na doação. Hoje a ideia é trabalhar muito mais do que isso”, disse Cíntia.
Segundo ela, para que o SUAS esteja plenamente em funcionamento, é necessário que os municípios se organizem melhor, criem fundos e projetos na área da assistência social. No entanto, o processo de adaptação à lei depende da situação de cada localidade. “O Paraná ainda tem muito a caminhar, porque este formato é muito recente e o andamento do processo depende de como cada município trata a questão.”
Cíntia avaliou positivamente a questão em São José da Boa Vista, já que o município vem trabalhando forte para a consolidação do SUAS. “Em São José, a secretaria está avançando bem, pois já possui um CRAS (Centro de Referência em Assistência Social ), uma equipe técnica estruturada e bons profissionais. Claro que ainda falta algumas coisas, mas é importante continuar promovendo melhorias sempre.”
Para a ex-assessora e hoje membro da assessoria de comunicação da Unimed, para que o Sistema Único de Assistência Social funcione plenamente, é necessária a participação da comunidade. Segundo ela, a sociedade precisa participar das discussões das políticas públicas e se engajar. “É o que chamamos de controle social. A comunidade precisa estar ligada nas políticas do setor em seus municípios e procurar ajudar de alguma forma. As pessoas não sabem do poder que têm”, afirmou Cíntia.
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